quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Quando se vê...

O poema de nome Seiscentos e sessenta e seis, de Mário Quintana diz assim:

A vida é uns deveres que trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas: há tempo...

Quando se vê, já é sexta-feira...

Quando se vê, passaram 60 anos!

Agora, é tarde demais para ser reprovado...

E se me dessem "um dia", uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguia sempre em frente... E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

* * *

Ao se findar um ano, prestes a iniciar um novo, é quando se ouvem frases comuns: Como passou rápido! ou Nossa, nem vi o ano passar... ou ainda: Lá se foi mais um ano...

Muitas destas frases revelam uma espécie de falta de controle sobre o tempo em nossas vidas.

Algumas são pronunciadas com pesar, como se o ano tivesse passado por nós, sem percebermos, sem fazer nada significativo nesse período de vida.

A vida está tão corrida! - dizem outros, revelando que o tempo passou por eles, ao invés deles terem passado pelo tempo.

E quando se vê, passaram 60 anos! - diz o poeta.

* * *

Será que estamos passando pela vida, ou é a vida que está passando por nós, sem percebermos, sem interagirmos, sem deixarmos nossa marca?

Será que às vezes não estamos fazendo coisas demais, sem eleger quais realmente são as importantes para nosso Espírito?

Será que durante o ano conseguimos identificar cada uma das estações, e vivê-las de forma intensa?

Não viramos escravos do relógio, do excesso de trabalho, do excesso de preocupação, e de mais disso e daquilo?

É de se pensar... É de parar para pensar um pouco nestas questões.

Ao final de mais um dos ciclos da vida, faz-se fundamental uma pausa, avaliar, planejar, e principalmente, curtir o momento.

Os ciclos são necessários para isso. Se não parássemos nunca, em breve a vida, a saúde, a cabeça, como se diz, parava por nós.

Não somos máquinas, embora alguns costumes do mundo moderno pareçam querer nos tratar assim.

Não somos marionetes nas mãos do tempo, nas mãos da profissão, nas mãos do consumismo avassalador.

Somos Espíritos que estamos aqui, neste planeta, para nos desenvolvermos, para conquistarmos perfeição moral e intelectual, para aprendermos a amar.

Somos viajores de muitas vidas, de muitas oportunidades, mas também de chances únicas, de momentos únicos, que devem ser vividos com a intensidade da luz das estrelas novas.

Somos a razão de tudo, e por isso mesmo precisamos exigir mais respeito de nós mesmos.

Precisamos exigir do corpo um pouco mais de alma, e de tudo um pouco mais de calma - lembrando outra bela poesia.

A vida não para, certamente. Por isso somos nós que temos que parar um pouco.

Recomeçar é sempre preciso. Faz-nos falta o novo. E nada melhor do que um novo eu para recomeçar com todas as forças.

É tempo de recomeçar...
 
 
Redação do Momento Espírita com base em poema do livro Esconderijos do tempo, de Mário Quintana, ed. Globo. Disponível no livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.

Transmissores

Paz, serenidade e tranquilidade é o que devemos ter todos os dias, nos espelhando sempre nos ensinamentos do mestre Jesus.
Que possamos ser os transmissores desses ensinamentos, a todos os irmãos que passarem pelo nosso caminho.
Da mesma forma que damos bom dia, boa noite, que possamos transmitir os ensinamentos aos irmãos com palavras simples, consoladoras e principalmente de esclarecimentos.
Sejam felizes, sejam amorosos, sejam transformadores da própria realidade.
De um amigo aos amigos da Fraternidade.

Mensagem recebida pelo Grupo de Estudos 
da Psicografia da Fraternidade Francisco de Assis

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Próximo


Ao buscar auxílio, pergunte-se se não há alguém mais necessitado.
Ao caminhar olhe ao redor, e veja se não há alguém com mais pressa que você.
Ao cantar, lembre-se daqueles que não tem voz.
Ao julgar, recorda das palavras de Jesus.
Ao anoitecer, agradeça a Deus por mais um dia.
Ao amanhecer, faça o mesmo.
Dia após dias segue avaliando e valorizando os dons que o Pai lhe presenteou.
Busca no auxílio ao próximo, o agradecimento produtivo.
Divida com aqueles que lhe pedem o conhecimento que tem.
Nasce em seu jardim flores, cultive-as com amor.
Felicidade também se cultiva com amor.
Que Deus nos abençoe.
De um amigo aos amigos da Fraternidade.


 Mensagem recebida pelo Grupo de Estudos
 da Psicografia da Fraternidade Francisco de Assis

quarta-feira, 11 de julho de 2012

99 - COM ARDENTE AMOR





“Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros.” — Pedro. (1ª EPÍSTOLA A PEDRO, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 8.)

Não basta a virtude apregoada em favor do estabelecimento do Reino Divino entre as criaturas.
Problema excessivamente debatido — solução mais demorada... Ouçamos, individualmente, o aviso apostólico e enchamo-nos de ardente caridade, uns para com os outros. Bem falar, ensinar com acerto e crer sinceramente são fases primárias do serviço. Imprescindível trabalhar, fazer e sentir com o Cristo. Fraternidade simplesmente aconselhada a outrem constrói fachadas brilhantes que a experiência pode consumir num minuto.Urge alcançarmos a substância, a essência... Sejamos compreensivos para com os ignorantes, vigilantes para com os transviados na maldade e nas trevas, pacientes para com os enfermiços,serenos para com os irritados e, sobretudo, manifestemos a bondade para com todos aqueles que o Mestre nos confiou para os ensinamentos de cada dia. Raciocínio pronto, habilitado a agir com desenvoltura na Terra, pode constituir patrimônio valioso; entretanto, se lhe falta coração para sentir os problemas, conduzi-los e resolvê-los, no bem comum, é suscetível de converter-se facilmente em máquina de calcular.Não nos detenhamos na piedade teórica. Busquemos o amor fraterno, espontâneo, ardente e puro. A caridade celeste não somente espalha benefícios. Irradia também a divina luz.


PÃO NOSSO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Pg. 102

Um telefonema providencial


O médico-escritor A J. Cronin conta, em sua obra "Pelos caminhos da minha vida", que, numa noite chuvosa de dezembro, retornou ao seu lar, exausto e decepcionado com a sua profissão.

Embora sua esposa insistisse, ele não quis jantar e tomou somente uma caneca de chocolate. Deitou-se depois e como fervoroso cristão, pediu a Deus na sua prece para que ninguém o incomodasse, naquela noite, com um chamado de urgência.

Adormeceu rapidamente para, logo mais, ser despertado pela campainha do telefone.

Tateando no escuro, agarrou o aparelho e atendeu.

Era uma voz feminina que lhe pedia que fosse até a casa de determinada família para socorrer uma pessoa que se encontrava em grave estado de saúde.

O médico, cansado, disse que iria pela manhã. Naquela noite de tempestade era quase impossível atender o chamado.

A voz aflita insistiu: "trata-se de minha filha, doutor. É a mãe dela quem está falando. Pelo amor de Deus, venha agora."

Impressionado, ele se levantou e saiu. Uma senhora idosa abriu a porta e ele penetrou num quarto mal iluminado e com pouca mobília.

Sobre a cama estava uma adolescente em estado de inconsciência. Um homem de meia idade estava sentado ao lado e parecia velar por ela.

Quando soube que era o médico que ali estava, o mandou embora.

"Muito bem", falou o médico, "mas se sua filha vier a morrer, o senhor já sabe de quem é a culpa."

"Está bem", falou o homem. "então a examine, já que está aqui mesmo."

Depois de um meticuloso exame, o médico descobriu um tumor benigno por detrás da orelha direita da jovem, que estava quase se infiltrando na massa encefálica.

Ali mesmo, o médico realizou a pequena cirurgia de emergência.

Tendo concluído a sua tarefa e após a menina começar a dar sinais de recuperação, ele olhou para a senhora que lhe abrira a porta e lhe disse: "não fosse o seu telefonema me chamando e sua filha poderia estar morta, agora."

O pai da menina, surpreso, falou que aquela senhora era apenas a criada, que nem ao menos falava o seu idioma, que eles não tinham telefone e o mais próximo ficava a vários quilômetros daquela casa.

E acrescentou: "minha esposa morreu, neste quarto mesmo, há 5 anos, porque eu não permiti que se chamasse um médico."

E começou a chorar.

A narrativa do médico-escritor acaba afirmando que, dias depois, se descobriu que quem dera o telefonema fora uma plantonista da agência central telefônica da cidade.

No entanto, ela não soube explicar porque fez aquilo. Alguma coisa a motivara a telefonar, é como se alguém a tivesse inspirado, naquela noite.

***

Todos somos mais ou menos médiuns, mesmo que nem sempre nos demos conta. Por isso, se faz importante a conquista dos valores morais para que sejamos sempre os médiuns do amor, da atenção, da renúncia.

Através de nós, os mensageiros do bem podem agir, beneficiando outros seres, socorrendo-os em suas necessidades.

Mesmo porque as mãos de Jesus, na terra, são as mãos dos homens que se amoldam à lei de amor que Ele veio ensinar e exemplificar.


Divulgação Centro Espírita Chico Xavier Caruaru- Professor Edson


Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de artigo da revista Presença Espírita, ano XXVII, nº 226, de setembro/outubro 2001, intitulado Um telefonema providencial, de autoria de José Ferraz.

domingo, 8 de julho de 2012

DE LÁ PARA CÁ - Emmanuel (Francisco Cândido Xavier )


"A experiência na Terra não   representa mera aventura da alma e sim precioso tempo de aprendizado e serviço, que não devemos menosprezar..."


Francisco Cândido Xavier
Ninguém julgue que a morte represente salvo-conduto para a beatitude celeste.
Muitas existências em que programa do bem padece frustração pela nossa rebeldia ou indiferença somente recolhem, depois do túmulo, a aflitiva purgação de nossos erros deliberados.
O inferno mental estabelecido por nós, dentro de nossas próprias almas, exige-nos o retorno à matéria densa para que as chamas do remorso ou do arrependimento se apaguem ao contato de novas lutas . . .
Aqui, é o usuário que deseja desvencilhar-se da obsessão do ouro usando a túnica da pobreza.
Ali, é o tirano que se propõe a aprender humildade nas linhas do anonimato e da angústia.
Mais além, é o delinqüente que suspira por reencontrar as vítimas de ontem a fim de resgatar os débitos contraídos.
Na conquista, porém, do recomeço, é indispensável se esforcem com devotamento e renúncia, por alcançar a reencarnação que os investirá na posse da oportunidade pretendida.
Para isso, empenha-se em rasgos de sacrifício, plantando entre os encarnados a bênção da simpatia, o indispensável passaporte para a estação do lar humano, em que se renovarão, à frente do progresso.
Eis porque, a experiência na Terra não representa mera aventura da alma e sim precioso tempo de aprendizado e serviço que não devemos menosprezar.
Pela instrumentalidade do Plano Físico, reaproximamo-nos de antigas dificuldades ou de passados desafetos para que a obra do amor se reajuste e se consolide, conosco e junto de nós.
Não menoscabes o ensejo de elevação que a atualidade te confere.
A máquina fisiológica em que provisoriamente estagias pode ser uma escada para a esfera superior ou declive sutil para regiões expiatórias, dependendo de ti fazê-la degrau para a luz ou novo salto ao despenhadeiro da sombra.
Valoriza a existência terrestre e caminha para diante, convertendo a luta redentora em recursos de ascensão.
Recorda que o tempo é o mordomo fiel da vida e se a Bondade do Senhor ter concedeu para hoje a riqueza do corpo físico, a justiça d'Ele mesmo, espera-te, amanhã, para a conta imprescindível.
(Do livro "Atenção", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html

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Mensagem: "De Lá Para Cá"
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"Pureza", de Emmanuel




Se purificares o coração,             identificarás a presença de Deus em toda parte, compreendendo que a             esperança do Criador não esmorece em criatura             alguma..."





Emmanuel

"Bem aventurados os puros porque verão a Deus."
Estudando a palavra do Mestre Divino, recordemos que no mundo, até hoje, não existiu ninguém quanto Ele, com tanta pureza na própria alma.
Cabe-nos, pois, lembrar como Jesus via no caminho da vida, para reconhecermos com             segurança que, embora na Terra, sabia encontrar a Presença Divina em todas as situações e em todas as criaturas.
Para muita gente, a manjedoura era lugar desprezível; entretanto, Ele via Deus na humildade com que a Natureza lhe oferecia materno colo e transformou a estrebaria num poema de excelsa beleza.
Para muita gente, Maria de Magdala era mulher sem qualquer valor, pela condição de obsidiada em que se mostrava na vida pública; no entanto, Ele via Deus naquele coração feminino ralado de sofrimento e converteu-a em mensageira da celeste ressurreição.
Para muita gente, Simão Pedro era homem rude e inconstante, indigno de maior consideração; contudo, Ele via Deus no espírito atribulado do pescador semi-analfabeto que o povo menosprezava e transmutou-o em paradigma da fé cristã, para todos os séculos.
Para muita gente, Judas era negociante de expressão suspeita, capaz de astuciosos ardis em             louvor de si mesmo; No entanto, Ele via Deus na alma inquieta do companheiro que os outros menoscabavam e estendeu-lhe braços amigos até ao fim da penosa deserção a que o discípulo distraído se entregou, invigilante.
Para muita gente, Saulo de Tarso era guardião intransigente da Lei Antiga, vaidoso e perverso, na defesa dos próprios caprichos; contudo, Ele via Deus naquele espírito atormentado, e procurou-o pessoalmente, para confiar-lhe embaixada importante.
Se purificares, assim, o coração, identificarás a presença de Deus em toda parte,             compreendendo que a esperança do Criador não esmorece em criatura alguma, e perceberás que a maldade e o crime são apenas espinheiro e lama que envolvem o campo da alma – o brilhante divino que virá fatalmente à luz...
E aprendendo e servindo, ajudando e amando passarás, na Terra, por mensagem incessante de amor, ensinando os homens que te rodeiam a converter o charco em berço de pão e a entender que, mesmo nas profundezas do pântano, podem surgir lírios perfumados e puros para exaltar a glória de Deus.
(Do livro "Religião dos Espíritos", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas             respectivas editoras:
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sábado, 30 de junho de 2012

Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!

Desejamos a você e aos seus amores um ótimo final de semana com muita paz e saúde!Abraços fraternais.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

EM RECONHECIMENTO E CONFIANÇA

Senhor:

Somos aqueles trabalhadores da última hora, necessitados do Teu carinho e da Tua compaixão.

Estamos dispostos à lavoura do bem, nada obstante encontramo-nos na dependência de muitos fatores que procedem do passado espiritual.

Tu prometeste que, no momento quando duas ou mais pessoas se reunissem em Teu nome, far-Te-ias presente entre elas. Eis-nos aqui, entrelaçando emoções, procurando o caminho seguro para chegarmos à fonte inexaurível da Tua misericórdia, Companheiro sublime, que nunca nos deixas a sós.

Vivenciando a Tua mensagem conforme as nossas limitações, aguardamos que a Tua condução de Pastor leve-nos ao divino aprisco embora a nossa retentiva na retaguarda.

Filhos da alma:

Tende bom ânimo, mantendo a certeza de que nunca estareis a sós.

Aqueles que atendem ao divino chamado vinculam-se ao Condutor Celeste.

Obstáculos e provações fazem parte do processo evolutivo.

Os metais, para suportarem as intempéries, passam pela aspereza do fogo, assim como a argila que, para resistir, sofre a fornalha, e a madeira, para submeter-se, experimenta os cortes lancinantes nas
suas fibras…

A gema, que reflete a estrela, sofreu a lapidação.

Também a alma, meus filhos, depois dos camartelos do sofrimento e das asperezas que lhe retiram as imperfeições, passa a refletir a Estrela polar do amor.

Nunca vos desespereis! …

Existem Benfeitores queridos que vos assessoram, que participam das vossas noites insones e das angústias dos vossos corações.

Aprendei a ouvi-los, sintonizando com esses anjos tutelares através da oração, pelo pensamento voltado para o Bem.

O Senhor da Vida, que a todos nos conhece, levar-nos-á com segurança ao porto da paz, se permitirmos que Ele conduza a barca do nosso destino.

Confiai em Deus, meus filhos, entregando-vos ao comando do Seu Filho que é o nosso Mestre e Guia.

Temos estado em nossa Casa aqui, com os companheiros devotados à ação inefável do Bem.

Prossegui!

Não vos atemorize a noite, nem vos produza receio a tormenta.

Tudo passa e o Bem permanece.

Vimos hoje ter convosco para vos alentarmos na luta, a fim de que prossigais intimoratos no Bem.

Jesus confia em nós!

Retribuamos essa confiança mediante o serviço no Bem, rogando a Ele, nosso excelso Mentor, que nos abençoe e nos guarde.

Sou o servidor humílimo e paternal de sempre,
pelo Espírito Bezerra de Menezes - Mensagem psicofônica que encerrou a Conferência proferida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em data de 20.10.2006, na Associação Espírita de Quarteira, Portugal, Grupo O Consolado

Um vôo para a liberdade

A cidade de Roma estava abarrotada de gente. Eram peregrinos vindos de toda a Europa
para as celebrações do jubileu do ano de 1600, que aconteceriam durante o ano todo.
Especialmente naquele dia a população se aglomerava para contemplar um espetáculo
singular.
As tochas acesas ao longo do caminho iluminavam a pálida manhã de fevereiro.
O filósofo de 52 anos caminhava lentamente sobre as pedras frias...
Descalço e acorrentado pelo pescoço, vestia um lençol branco estampado com cruzes,
demônios e chamas vermelhas.
Aquele homem magro vencia, a passos lentos, os oitocentos metros desde a torre nona,
onde estivera encarcerado, e o campo das flores, ampla praça onde seria executado.
Alguns monges seguiam ao seu lado convidando-o ao arrependimento. De tempos a
tempos aproximavam o crucifixo dos seus lábios, dando-lhe oportunidade de salvar-se.
A população se acotovelava para ver um herege famoso morrer na fogueira...
Chegando à praça, onde a morte o aguardava, o filósofo se negou mais uma vez a beijar
a cruz. Então foi amordaçado, despido e atado a uma estaca de ferro e coberto com
lenhas e palhas até o queixo.
O fogo foi ateado. E enquanto as labaredas chamuscavam-lhe a barba e seus pulmões se
enchiam de fumaça, Giordano Bruno tinha o olhar fixo no infinito...
Enquanto a pele estalava sob o calor das chamas e o sangue fervia nas veias, o notável
filósofo ainda guardava uma convicção: não iria para o inferno.
A certeza de que veria outros sóis, inúmeros mundos celestiais e viajaria através do
infinito, lhe davam uma paz indescritível.
Em seu julgamento, no ano de 1592 em Veneza, Giordano Bruno disse aos seus
julgadores: "Uma vez que a alma não pode ser encontrada sem o corpo e todavia não é o
corpo, pode estar neste ou naquele corpo e passar de corpo em corpo."
Bruno foi morto na fogueira por defender a idéia de que a alma humana poderia, após a
morte, retornar a terra num corpo diferente, e até continuar a sua evolução em outros
mundos além da terra.
Além da crença na reencarnação, ele defendia a idéia de que o indivíduo pode encontrar
a salvação sem a intervenção de terceiros, mas do seu relacionamento direto com Deus,
ao longo de sua jornada na terra.
Foi graças as suas convicções que Bruno não titubeou ante a fogueira que o aguardava...
Bastaria apenas beijar a cruz... Mas ele preferiu a liberdade...
Sabia que as chamas nada mais fariam do que enviar sua alma na direção de outros sóis,
onde poderia viajar através do infinito...
Você sabia?
Você sabia que muitos pensadores ocidentais defenderam a idéia da reencarnação?
Entre eles está o filósofo francês Voltaire, o filósofo alemão Schopenhauer, o estadista
americano Benjamim Franklin, o poeta alemão Goethe, o novelista francês Honoré de
Balzac, e outros mais.
Antes de Cristo também encontramos a crença greco-romana na reencarnação com
Pitágoras, Platão, Cícero, Virgílio entre outros.
Considerando que uma idéia falsa não sobrevive ao tempo, devemos concluir que a
reencarnação é uma verdade que não pode ser apagada, por mais que se tente.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1 do livro Reencarnação - o elo perdido do cristianismo, de Elizabeth Clare
Prophet, Ed. Nova era.
Professor Edson Alencar- Centro Espirita Chico Xavier Caruaru-PE

Auxílio

Busca e acharás, caminha e chegarás, no entanto, não deves caminhar só.
Enquanto há dor e necessitados, temos o dever de ajudar e amparar aqueles que nos pedem auxílio, de acordo com nossas falhas e posses.
Não se negue a ajudar quando surge a oportunidade.
Lembre-se de que, quando ajudamos é a Jesus que estamos ajudando, quando amparamos é a Jesus que amparamos e assim sucessivamente.
Nos caminhos da vida, encontraremos aqueles que se aproveitarão, devemos lamentar tais atitudes, e, não endurecer nossos corações, por que assim fazem os egoístas e não os caridosos.
De um amigo aos amigos da Fraternidade.

Mensagem recebida pelo Grupo de Estudos 
da Psicografia da Fraternidade Francisco de Assis

Uma prece

No seu livro O profeta, Gibran Khalil Gibran fala da prece com grande
propriedade: "Vós rezais nas vossas aflições e necessidades. Se pudésseis rezar
também na plenitude de vossa alegria e nos dias de abundância...Pois que é a oração senão a expansão de vosso ser no éter vivente? E se vos dá conforto exalar vossas trevas no espaço, maior conforto sentireis
quando exalardes a aurora de vosso coração. E se não podeis reter as lágrimas quando vossa alma vos chama para orar, ela vos
deveria esporear repetidamente, embora chorando, até que aprendêsseis a orar com
alegria." São considerações bastante oportunas. Estamos acostumados a utilizar a prece apenas como um último e desesperado
recurso.
Quando não se sabe mais o que fazer, a quem mais pedir socorro, suplica-se ao Pai
por auxílio.
Mas será essa a única função da prece?
Ligar o homem a Deus em momentos de desesperança e de sofrimento?
É claro que não.
Por meio da prece entramos em sintonia com Deus e com os Espíritos Superiores
que nos tutelam e acompanham na jornada terrestre.
Esse contato é uma forma eficiente de comunicação em qualquer circunstância.
Pedir, apenas, é uma maneira muito infantil de manter-se em contato com a
Espiritualidade Superior.
Agindo assim, comportamo-nos como aquela criança que apenas se lembra dos pais
quando se fere e se encontra em dificuldades.
Daí sai correndo, choramingando e pula, entre soluços, no colo dos pais em busca
de consolo e de solução fácil e rápida para suas dores.
Ainda somos crianças para Deus.
Crianças que choram diante das contrariedades e que tentam barganhar vantagens
por meio da prece.
Pedimos ao Pai coisas absurdas e que em nada contribuiriam efetivamente para
nossa felicidade.
Queremos que nossas vidas sejam para sempre um mar de rosas, repletas de dias
ensolarados e de prazeres constantes e renovados.
Muitos pensam em Deus e lembram de orar apenas em momentos de sofrimento.
Quando o vento frio do sofrimento, aliado à chuva da desdita nos toca o rosto de
ESPECIAL:
Na Hora do
Testemunho
Herculano Pires
Filosófico
R$ 13,00
Dois pontos luminosos
do Espiritismo, cada um a
seu modo, Chico Xavier e
Herculano Pires somaram
esforços para fazer deste
livro volume vigoroso
em defesa da Doutrina,
a atitude dos fariseus e a
verdadeira psicologia do
Espírita.
forma inclemente, aí então buscamos o colo do Pai, orando humildemente.
Até então, corríamos felizes e despreocupados pelos vales floridos da vida,
acreditando sermos capazes de realizar tudo e qualquer coisa sozinhos.
Quando tudo está bem, imaginamos que a dor não nos tocará jamais.
Por isso, displicentes, não estabelecemos contato com o Pai, pela prece.
Esquecemos de agradecer pelo bem que usufruímos e pelas dádivas numerosas que
nos são ofertadas diária e constantemente.
Crianças que se crêem auto-suficientes.
Seres que ainda precisarão da dor a tocar-lhes as fibras mais sutis da alma para se
darem conta de sua pequenez e de quanto, ainda e sempre, necessitarão do amor e
da bondade do Pai.
***
Faça da prece um meio de comunicação constante com o Criador.
Não são necessários versos decorados, nem fórmulas especiais para estabelecer esse
contato.
É preciso apenas a vontade sincera e a concentração do pensamento no bem, para
que a sintonia se realize.
O Pai está sempre em contato conosco. Compete-nos perceber Sua presença e
permitir-nos dividir com Ele todos os nossos momentos.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. A prece, do livro O Profeta de Gibran Khalil Gibran, ed. Acigi.

ETERNO NAMORO

Uma das causas apontadas para as separações conjugais tem sido o tédio. Aos poucos, a relação que era cálida, doce, vai assumindo um caráter de mesmice, cansaço e rotina.

Os dias do namoro parecem longínquos, quase apagados, surgindo na tela mental como lembranças ligeiras, vez que outra.

São os filhos que surgem, exigindo cuidados e atenções. É o trabalho profissional que requisita redobrado empenho. São as tarefas domésticas, repetitivas e cansativas.

Com tudo isto, cada cônjuge vai realizando o que lhe compete, qual se fosse um autômato, um robô.

Nada que escape à rotina das horas e dos dias. Até o lazer do final de semana, as visitas aos pais de um e de outro seguem programação prévia, com dia e hora marcados.

Não é de admirar que os anos tragam para o aconchego do casal o tédio. Com ele, o desinteresse pelo outro, o relaxamento nas relações e a frieza.

Observando, no entanto, essas relações conjugais duradouras, que completam bodas de prata, de ouro, temos que convir que é possível manter acesa a chama do amor, no transcorrer dos anos.

O amor pode ser comparado a delicada flor, necessitada de cuidados constantes a fim de não fenecer.

O romantismo que caracteriza o período do namoro deve ser mantido.

Importante não abandoná-lo à conta de conceitos como isto é para os jovens. Ou já passou o meu tempo.

Existem atitudes mínimas que dão um especial sabor e um quê de novidade ao relacionamento.

Um telefonema, em plena tarde, inesperado, somente para indagar: Como passa minha amada?

Uma flor colhida no jardim, no frescor da manhã e colocada à mesa do café. Um toque diferente.

Levantar-se antes do outro, preparar uma bandeja com carinho e servir o café na cama. Quantas mulheres sonham com tal deferência!

Um final de semana inédito. Por que não deixar as crianças com os avós ou com a babá e sair para um passeio a dois, redescobrindo a lua, contando estrelas, a ver se o bom Deus já não providenciou outras tantas, desde a época do namoro...

Surpreender o afeto com uma declaração de amor, uma observação gentil ao cabelo, ao traje.

Pequeninas coisas. Quase insignificantes. Mas que fazem a grande diferença entre a rotina e o delicado e perene tempero do amor que nunca fenece.

* * *

Aproveite as horas enquanto você segue lado a lado com seu amor e fale-lhe do que sente, de como ele é importante em sua vida.

Não permita que o tempo transcorra sem um gesto de carinho, uma palavra de ternura.
Decida-se por reviver os dias do namoro, sempre novos, uma descoberta constante do outro.

Não deixe para amanhã, nem programe para o dia do aniversário.

Execute hoje, agora, enquanto é tempo pois que ninguém sabe a hora da partida, quando ficarão somente muitas palavras não ditas, muitos abraços não dados e uma saudade de tudo que não se demonstrou para o outro em afetividade, amor e dedicação.

 Redação do Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita, v. 1, ed. Feb
Professor  Edson Alencar Centro Espírita Chico Xavier Caruaru