segunda-feira, 14 de março de 2011

Nosso Lar (Resumo do livro) André Luiz, psicografado por Chico Xavier - Parte 04

(...) ENCONTROS - Em tarefa, André Luiz encontra velho conhecido de seu pai, e que ele, um dia, como negociante inflexível, despojou de todos os bens. Constrangido, não sabe o que dizer, e se afasta. Mas, incentivado por Narcisa, retorna até Silveira, o ofendido de outrora, e pede-lhe desculpas sinceras. Silveira diz-lhe que "o velho", como chama carinhosamente o pai de André Luiz, foi seu verdadeiro instrutor no mundo, pois ensinou-lhe os valores imperecíveis do espírito.
Mas tarde, sentindo-se atraído para a ala feminina das Câmaras de Retificação, é até lá conduzido por Narcisa, Entre muitos rostos, reconhece Elisa, a jovem empregada de sua casa e com quem se relacionou levianamente no passado, hoje, cega e infeliz.
Assusta-se ao saber do ódio da jovem, por ele e por seus pais e reconhece o profundo mal que lhe causou um dia.
Elisa, porém, está igualmente transformada. Quer esquecer, perdoar. E André quer auxiliar. Sem se fazer conhecer, recebe Elisa como irmã do coração, prometendo ampará-la de todos os modos, trabalhando por sua felicidade e recuperação.
Elisa chora e abençoa André. Este, também em lágrimas, ouve Narcisa dizer: "bem aventurados os devedores em condições de pagar."

RETORNANDO A CASA - Sentindo-se qual criança, na companhia dos Mentores que lhe patrocinaram o regresso à casa, não contém em si a alegria e o júbilo de retornar aos seus. Adentra a antiga morada, estranhando a decoração e dando por falta de detalhes, como um gracioso retrato da família que adornava a entrada, embelezando-a singularmente. Ainda assim, feliz e exultante, corre ao encontro de Zélia, sua amada esposa, gritando-lhe sua saudade e seu amor, mas ela não o ouve. Desapontado, abraça-se à ela, mas em vão: Zélia parece completamente indiferente ao seu carinho e ao seu abraço.
Então, ouvindo-a conversar com alguém, descobre-lhe o segundo casamento: "Mas doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh, não suportaria uma segunda viuvez."
André Luiz descreve assim sua decepção e seu sofrimento: "Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara de meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões?"
E prossegue, recordando os duros momentos de sua volta ao lar terreno: "Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde... De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos... Assentei-me decepcionado e acabrunhado, vendo Zélia entrar no aposento e dele sair, acariciando o enfermo com a ternura que me coubera noutros tempos... Minha casa pareceu-me, então, um patrimônio que os ladrões e os vermes haviam transformado. Nem haveres, nem títulos, nem afetos! Somente uma filha ali estava de sentinela ao meu velho e sincero amor."
À tardinha do dia seguinte, André recebe a visita de Clarêncio, que, percebendo seu abatimento, lhe diz: "Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho... Apenas não posso esquecer que aquela recomendação de Jesus para que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, opera sempre, quando seguida, verdadeiros milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos."
André pondera o alcance das palavras de Clarêncio e, sentindo-se realmente renovado, um outro homem, a quem o Senhor havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão, reflete com mais serenidade: "Afinal de contas, por que condenar o procedimento de Zélia? E se fosse eu o viúvo na Terra? Teria, acaso, suportado a prolongada solidão? Não teria recorrido a mil pretextos para justificar novo consórcio? E o pobre enfermo? Por que odiá-lo? Não era também meu irmão na Casa de Nosso Pai? Precisava era, pois, lutar contra o egoísmo feroz..."
De imediato, procura auxiliar a Ernesto, o novo esposo de Zélia, mas sente-se enfraquecido, debilitado, compreendendo então o valor do amor e da amizade, alimentos confortadores absorvidos em Nosso Lar.
E
m prece, clama o auxílio de Narcisa, sua grande amiga das Câmaras de Retificação. Juntos dirigem-se à Natureza exuberante, dali retirando os elementos curativos à enfermidade do doente.

CIDADÃO DE "NOSSO LAR" - Recuperado o enfermo, e restituindo a alegria à antiga morada, André Luiz retorna a Nosso Lar, sentindo-se jubiloso e renovado. Mas ao chegar, imensa surpresa o aguarda: Clarêncio, em companhia de dezenas de amigos, vêm ao seu encontro, saudando-o, generosos e acolhedores. O bondoso velhinho se adianta,e, estendendo-lhe a mão, diz, comovido:
"Até hoje, André, você era meu pupilo na cidade; mas, doravante, em nome da Governadoria, declaro-o cidadão de Nosso Lar."

 

 
Resumo exclusivo do Instituto de Divulgação Espírita André Luiz - IDEAL André Luiz® *
Cópia Livre. Agradecemos os créditos.

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